"Estou feliz por ser avó, mas queria algo mais para Maria - e algo mais para mim”, disse Rifca, hoje com 25 anos, ao jornal Sun. "Ion é um bom rapaz - e já está noivo de uma menina de 8 anos. Meninos é sempre bom ter - não têm que sofrer tanto como as meninas, acho eu."
Nascida em 1985, Rifca desafiou os desejos da sua família e fugiu com o vendedor de jóias Ionel Stanescu. Ela tinha 11 anos de idade e ele tinha 13. Um ano depois estavam casados e Rifca engravidou.
"Eu queria casar com ele, portanto concordei, e, claro, depois de passarmos uma noite juntos, não havia ninguém que nos pudesse separar. Fui prometida à família de outro rapaz quando tinha dois anos, mas não era isso que eu queria”, contou Rifca.
Na cultura cigana a virgindade é muito valorizada e as mulheres casam-se jovens para que o novo marido possa ter a certeza de que as suas novas esposas são virgens. Em troca, recebem um generoso dote das famílias dos futuros maridos. A perda da virgindade significa que o acordo é cancelado.
"Antes de conseguirmos casar houve muita luta - uma vez o meu pai atacou o meu marido com uma faca. Ele queria que pagasse 500 mil lei da compensação. A minha família levou-me para casa à força mas três dias depois fugi de novo para estar com ele", relembra Rifca.
Depois de Maria nascer a família de Ionel pagou ao pai de Rifca um dote e tudo ficou resolvido. A mãe de Rifca foi avó aos 40.
Maria decidiu seguir os passos da mãe e casou-se. Em seis meses estava grávida. Apesar dos conselhos que deu à filha, Rifca não impediu o casamento.
'Eu não tentei impedir a minha filha de se casar, porque esta é a tradição, é o que acontece", explica Rifca sobre a comunidade cigana romena.
fonte: sábado
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