18 de abril de 2009

Ilha do Corvo...

É a menor das ilhas do Arquipélago dos Açores, localizando-se no Grupo Ocidental, a norte da Ilha das Flores.

A ilha ocupa uma superfície total de 17,13 km², com 6,5 km de comprimento por 4 km de largura. Situa-se a 39º 40’ de latitude Norte e 31° 05’ de longitude Oeste.

É formada por uma única montanha vulcânica extinta - o Monte Gordo, coroado com uma ampla cratera de abatimento chamada localmente de Caldeirão, com 3,7 km de perímetro e 300 metros de profundidade. Nela se podem observar várias lagoas, turfeiras e pequenas "ilhotas", duas compridas e cinco redondas. O ponto mais alto da ilha é o Morro dos Homens no rebordo sul do Caldeirão, com 718 metros de altura acima do nível médio do mar.

O clima é húmido, com 915,7 mm de precipitação média anual, mas ameno, embora ventoso, com temperatura média anual de 17,6°C na Vila, com temperaturas médias mensais que variam entre os 14°C em Fevereiro e 20°C em Agosto. Nas zonas altas os nevoeiros são quase permanentes. A agitação marítima, particularmente do quadrante oeste, é muito elevada, resultando numa elevada erosão costeira.

A humidade relativa do ar oscila entre 74% em Outubro e 85% em Junho, o mês em que os nevoeiros são mais frequentes (‘’nevoeiros do São João’’).

A ilha localiza-se sobre a placa tectónica norte americana, a oeste do rifte da Crista Média Atlântica (sigla CMA), edificada sobre fundo oceânico com cerca de 10 milhões de anos.

Quanto à origem do nome. Nos mapas genoveses do século XIV, nomeadamente no Atlas Mediceu de 1351, é mencionado a Insula Corvi Marini (Ilha do Corvo Marinho) entre as sete ilhas que compunham o arquipélago, mas é improvável que esta designação se refira especificamente a esta ilha, no entanto é daí que advém o seu nome.

Apesar da incerteza quanto à data do achamento português da ilha, é seguramente anterior a 20 de Janeiro de 1453, data em que o rei D. Afonso V de Portugal faz doação da ilha, e da vizinha ilha das Flores, a seu tio D. Afonso de Portugal, duque de Barcelos.

Após várias tentativas falhadas de povoamento, iniciadas na década de 1510, a 12 de Novembro de 1548, Gonçalo de Sousa, 2.º capitão do donatário das ilhas das Flores e do Corvo, é autorizado a mandar para ilha escravos (mulatos, provavelmente oriundos da ilha de Santo Antão, arquipélago de Cabo Verde) de sua confiança como agricultores e criadores de gado.

Quanto à sua evolução demográfica:

1864 - 883
1890 - 806
1900 - 808
1930 - 676
1940 - 691
1950 - 728
1960 - 681
1970 - 485
1981 - 370
1991 - 393
2001 - 425

Fica aqui um vídeo que mostra a beleza natural da ilha do Corvo...


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