18 de novembro de 2010

Portugueses no mundo (retirado de um blog sobra as aventuras/desventuras de uma malta que está a dar uma volta de moto pela Europa)

[...]Chega-se à vila, dá-se uma volta à procura. Nada. Num largo, enquanto o Matos fica para trás, chego-me a um casal que vai a atravessa a rua, e em portunhol chamo-os a ver se me dão uma ajuda. Resposta imediata do macho:
- "EH, TUGAS, CARALHO!!!"
Boa! Excuso de me tentar desenmerdar em estrangeiro. Pergunto onde é que há umas bombas. Resposta imediata, dita em câmara lenta, com um sorriso aberto:
- "TÃO FO-DI-DOS!!!"
Já menos vernaculamente, lá me explica que ali naquela terra esquisita todas as bombas fecham às sete da noite, e que se quiser continuar para França, arriso-me a não encontrar nada durante vários km, e se encontrar, a esta hora, é praí a €2 o litro, e isto com sorte.
Boa. Agradeço e despeço-me com um sorriso amarelo em resposta ao sorriso rasgado do casalinho feliz. Ouço a chamarem-me, e é o Matos, um pouco mais atrás, a falar com um carro da Polícia. Ou com o condutor, porque o carro não falava. Aproximo-me, e constato que a conversa decorre na língua de Camões, dos dois lados, sendo que de dentro do carro saía um sotaque transmontano....
E é aí que entra na conversa o bófia Paulo lá de Trás-os-Montes, já à boa portuguesa e vicentinamente:
- "Não tires daí da moto. Tira aqui do carro"
As nossas expressões de espanto e descrédito foram complementadas com uma pergunta minha, a questionar se ele estava a dizer que devíamos tirar gasolina do carro da Polícia.
Um "Que se f**a, o carro não é meu" bem vincado retirou-nos todas as dúvidas, e aproveitámos a generosidade da solidariedade lusitana para meter uns litros sugados do carro da Polícia andorrenha. ...

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