Desta vez coloco aqui uma crónica de Jorge Maia publicada na edição de hoje do jornal "O Jogo".
"Há muitos, muitos anos, quando a crise se media em escudos e ainda se jogava à bola na rua escavacando as Sanjo e os joelhos praticamente ao mesmo ritmo, uma bola de couro - eram de couro a sério na altura - era uma espécie de relíquia sagrada quase sempre assombrada por uma figura tenebrosa: o respectivo dono. Ora, o dono da bola, já o leitor deve imaginar, era sempre, inevitável e fatalmente, o miúdo com menos talento para jogar com ela e com a personalidade mais incapaz de a partilhar com os outros. Era um tosco entre artistas, o que tornava inevitável a frustração e justificava frequentes amuos e birras que terminavam invariavelmente numa espécie de ultimato: ou o deixavam ganhar ou acabava com o jogo levando a bola para casa. Ora, os tempos mudaram, as bolas deixaram de ser de couro e até as crises são medidas em euros, mas há coisas que estão na mesma: continua a haver um dono da bola a amuar e a fazer birras, ameaçando acabar com o jogo se não o deixarem ganhar."
"Há muitos, muitos anos, quando a crise se media em escudos e ainda se jogava à bola na rua escavacando as Sanjo e os joelhos praticamente ao mesmo ritmo, uma bola de couro - eram de couro a sério na altura - era uma espécie de relíquia sagrada quase sempre assombrada por uma figura tenebrosa: o respectivo dono. Ora, o dono da bola, já o leitor deve imaginar, era sempre, inevitável e fatalmente, o miúdo com menos talento para jogar com ela e com a personalidade mais incapaz de a partilhar com os outros. Era um tosco entre artistas, o que tornava inevitável a frustração e justificava frequentes amuos e birras que terminavam invariavelmente numa espécie de ultimato: ou o deixavam ganhar ou acabava com o jogo levando a bola para casa. Ora, os tempos mudaram, as bolas deixaram de ser de couro e até as crises são medidas em euros, mas há coisas que estão na mesma: continua a haver um dono da bola a amuar e a fazer birras, ameaçando acabar com o jogo se não o deixarem ganhar."
4 comentários:
Uma crónica muito engraçada vinda de um jornal nada tendencioso e vindo de um senhor também sem afiliação futebolística nenhuma.
E em nota pessoal acho muito bem o "dono" da bola acabar o jogo, esse jogo tão sujo que se está a jogar por parte de um clube a sul da Inglaterra, lol.
P.S: Kika podes vir a correr ver este comentário, este também é pra ti, lol
Ora bem, eu não percebi muito bem o problema em questão até porque continuo a achar que o dono da bola é que manda nela e é que sabe a quem a quer emprestar ou não...
E até concordo que O Jogo seja dos jornais desportivos que melhores reportagens apresentam sobre o meu clube mas sinceramente não percebo porque é que eu tinha de vir a correr ler o teu comentário e porque é que ele também é para mim.
Desculpa, mas não percebi mesmo. De qualquer forma eu vim a andar :) e li! Aliás, como qualquer leitor assíduo do blogue faria!
PS: Havemos de combinar uma jantarada lá em casa e um joguinho de poker! Bjs!
Foste tu que disseste uma vez que quando o Ruben coloca um post de futebol que vinhas a correr ver o meu comentário, lol. Por isso é que era para ti. Fiz um comentário ao post do ruben sobre futebol.
Pois tens razão! Mas não é um post qualquer!! Tem de ser um post que mexa na "ferida" quando o Benfica perde! E não faço isso só contigo, também faço com o meu tio! Confesso que gosto quando se picam mas eu sou boa rapariga!
Bjs :)
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